Cratera bloqueia BR-364, e Dnit cogita usar ponte do Exército em RO

12/03/2012 11:40

Ponte metálica do Exército pode ser alternativa para redirecionar veículos.
Buraco com 28 m de profundidade e 50 de diâmetro parou de aumentar.

 

     Uma cratera de 28 metros de profundidade e 50 metros de diâmetro bloqueia completamente um trecho da BR 364, em Porto Velho, e mais uma pista no sentido contrário da rodovia nesta sexta-feira (9), informou ao G1 o chefe da sessão de Policiamento e de Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Ribeiro.

    O buraco se formou depois que parte do trecho do perímetro urbano da rodovia desmoronou na quarta-feira (7). O trecho com problemas fica a cerca de 10 km do centro de Porto Velho.

    O superintendente regional do Dnit, André Reitz do Vale, informou que a cratera parou de aumentar desde a madrugada desta sexta. Segundo ele, o foco do Dnit é proteger "o que sobrou do trecho" para não isolar Porto Velho e, em paralelo, construir rotas alternativas para entrar e sair da cidade.

    O Dnit informou que há duas soluções possíveis para o trânsito em planejamento: usar uma ponte metálica do Batalhão de Engenharia do Exército ou criar uma rota alternativa dentro do bairro Ulisses Guimarães, a 500 metros do trecho que desmoronou.

    Para Reitz, a ponte metálica do Exército é a mais viável, uma vez que o "trânsito pesado" não seria deslocado para uma área residencial e que também o custo seria bem menor do que esse desvio, com 1,9 km de terra. A ponte do Exército, explica Reitz, passaria "por cima do buraco".

    O trânsito ainda não foi desviado e, segundo Ribeiro, o acostamento está sendo usado junto com a única pista intacta. "Estamos sinalizando para que apenas um carro passe de cada vez." Apesar do transtorno, a PRF informou que o tráfego continua normal, com registro de 1,5 km de congestionamento.

    As causas do acidente, segundo o Departamento de Infraestrutura e Transporte (Dnit) do estado, foram o estouro de dois bueiros provocado pela pressão do córrego que passa embaixo do trecho. A causa seriam as fortes chuvas, comuns nesta época do ano na região.

    O trecho da BR-364 onde ocorreu o desmoronamento nunca teve esse tipo de registro. Ao longo da rodovia, porém, neste ano já aconteceram dois outros desmoronamentos de pista. Um na região de Ariquemes e outro em Alto Paraíso. Segundo o inspetor da Polícia Federal, como a cratera em Ariquemes foi em um local marginal, não alterou o fluxo da rodovia. Já em Alto Paraíso, foram feitas sinalizações para desafogar o fluxo de veículos.

    A longo prazo, o Dnit afirma que pretende retirar os bueiros estourados, construir novos, aterrar e recuperar o pavimento do trecho.

Fonte: G1